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“O artista hoje quer ter controle do seu negócio, acabou o mito de que isso inibe o processo criativo”, diz Zé Ricardo, curador de música do Rio2C, ao POPline

“O artista hoje quer ter controle do seu negócio, acabou o mito de que isso inibe o processo criativo”, diz Zé Ricardo, curador de música do Rio2C, ao POPline

Chega ao fim, neste domingo (1º), mais uma edição de sucesso do Rio2C, o maior encontro de criatividade da América Latina, na Cidade das Artes, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um dos destaques da edição de 2025 foi um aumento expressivo no número de artistas que participam dos painéis e atividades do evento. Nesse ano, Marina Sena, Lulu Santos, MC Daniel, Belo e Luedji Luna foram alguns dos destaques. Dada essa nova realidade, o curador de música do Rio2C, Zé Ricardo, que é também vice-presidente artístico do Rock in Rio e do The Town, falou ao POPline sobre a importância da presença em peso de artistas no evento, novas diretrizes de gerenciamento artístico e iniciativas do evento para artistas emergentes. Confira!

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Foto: Rio2C

À frente da curadoria de música do evento desde a primeira edição, Zé Ricardo visualiza que a presença cada vez maior de artistas em todas as frentes do evento está intimamente relacionada a uma mudança na própria percepção deles em torno de suas carreiras. Os artistas da nova cena, cada vez mais, querem ter participação ativa no gerenciamento e nas decisões de seus próprios negócios.

“Minha intenção é trazer cada vez mais os artistas pra experimentarem outro tipo de vivência no palco. Novas discussões sobre carreira, o negócio e o futuro da música. Falar também de amor, de trajetória e de legado. Num formato diferente da entrevista normal. Uma conversa mais íntima. Painéis pra informar e inspirar pessoas […]. O artista hoje quer ter o controle e entender do seu negócio. Acabou o mito que isso inibe o processo criativo. Ele quer entender o planejamento, o investimento e qual o retorno. O empresário do artista hoje muitas vezes é um sócio da sua empresa. Cada passo é pensado na direção de uma conexão maior com o público e a presença do artista nessas decisões melhora muito o resultado”, diz Zé Ricardo, que acredita que a presença do artista nos painéis conecta o público do Rio2C com seus artistas preferidos de um jeito mais profundo.

Além dos nomes já citados, essa edição do evento trouxe encontros de outros grandes nomes da música nacional, como Xamã, Filipe Ret, Duquesa, Naldo, Tiago Iorc e Gaby Amarantos, com grandes players do mercado da música, como agentes de gravadoras, de selos musicais, de empresas de gerenciamento artístico e críticos musicais. Nos bate-papos, a pauta foi além do que é apresentado no palco ou do processo criativo, promovendo ainda debates sobre estratégias, tendências e movimentos do mercado e mais do que se passa nos bastidores.

Editora-chefe do POPline e referência no jornalismo musical, Mari Pacheco, inclusive, foi uma das mediadoras de um dos painéis na edição de 2025 do evento. Neste sábado (31), ela comandou o painel “Do Palco ao Mercado: O Empreendedorismo Conectando Música para Além do Palco”, que contou ainda com a cantora Luedji Luna e com o produtor musical Iuri Rio Branco.

“Eu sempre trouxe alguns artistas em outras edições do Rio2C. Já tivemos painéis em homenagem às rainhas Elza Soares e Alcione, mas na edição passada ouvir Ney Matogrosso falar me trouxe a certeza que a presença dos artistas de música precisa ser grande como foi nessa edição. Mudou meu olhar pelas descobertas que fiz sobre Ney naquele dia. Eu que sou fã dele me emocionei. E nessa edição ouvir o Lulu Santos falar do seu amor foi lindo. Ver a reverência que o Ferrugem tem pelo Belo e Péricles também foi emocionante. Ouvir Xande de Pilares falar do amor por Caetano foi inesquecível. Foi uma edição cheia de trocas de conhecimento e afeto”, comenta Zé Ricardo.

Pitching Show: iniciativa do evento para artistas emergentes e sua expansão

Além da participação ativa e cada vez mais frequente de artistas nos painéis, o evento também se prova como um grande entusiasta e incentivador da música ao trazer shows e performances. Nessa edição, por exemplo, Jota.pê, Thaide, Raissa Real e Bielzin foram alguns dos nomes que se apresentaram.

Uma iniciativa de destaque e que é exaltada por grandes players do mercado e pelo próprio público do evento é o Pitching Show, que possibilita que artistas emergentes da nova cena apresentem a sua arte e criem conexões com potenciais figuras a alavancar suas carreiras, bem como com público genuinamente interessado e engajado.

“Hoje o Rio2C traz novos artistas do Brasil todo pro Pitching Show, custeando todas as suas despesas. Meu sonho é encontrar e ampliar o número de artistas que trazemos […]. Trazer marcas que os amplifiquem, e que a partir daí um maior número de negócios seja gerado a partir desse portal para novos artistas que é o nosso Pitching Show”, reflete o curador, que se refere ao projeto como um “filho que só cresce a cada ano”.

Nessa edição, Flávio Saturnino, fundador e CEO do POPline, fez parte da comissão de música do evento e, além disso, participou de alguns dos painéis. Um deles foi o de tema “O que o Algoritmo não Explica: Cultura, Subjetividade e Gosto”.

No ano passado, o Rio2C atraiu um público de 50,5 mil visitantes e, antes mesmo do fim da edição de 2025, Zé Ricardo já revela saudosismo e empolgação pelo que está por vir. “O Rio2C reverbera muito na semana que acontece e principalmente quando acaba. As pessoas ficam carentes. Com saudade do que viveram no nosso evento. Comentam umas com as outras, postam e a semente do que criamos se espalha. Espero que cada vez mais a mensagem do Rio2C se espalhe e que mais artistas façam dele sua casa”, conta ele.



Fonte: POPline

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